A informação é a ferramenta mais poderosa para uma jornada cirúrgica tranquila e bem-sucedida. Ao considerar uma mastopexia, é natural e essencial que você queira entender não apenas os benefícios, mas também os possíveis riscos e complicações. Um cirurgião plástico ético e responsável sempre abordará este tema com total transparência.
O objetivo deste artigo não é causar medo, mas sim empoderar você com conhecimento. Entender os riscos é o primeiro passo para saber como eles são minimizados e para tomar uma decisão informada e consciente, em parceria com o seu médico.
Riscos inerentes a qualquer procedimento cirúrgico
É importante saber que toda cirurgia, por mais segura que seja, envolve um grau de risco. Na mastopexia, os riscos gerais são os mesmos de outros procedimentos e são drasticamente reduzidos com uma boa avaliação pré-operatória e a realização da cirurgia em ambiente hospitalar seguro. Eles incluem:
- Riscos anestésicos: A anestesia moderna é extremamente segura, mas reações adversas, embora raras, podem ocorrer. Uma consulta pré-anestésica detalhada minimiza essa possibilidade.
- Infecção: O uso de antibióticos profiláticos e a realização do procedimento em um centro cirúrgico com rigorosos padrões de esterilização tornam a infecção uma complicação rara.
- Hematoma e seroma: O acúmulo de sangue (hematoma) ou fluido (seroma) sob a pele pode ocorrer. Drenos podem ser utilizados para prevenir, e o tratamento geralmente é simples.
Complicações específicas da mastopexia
Além dos riscos gerais, existem complicações diretamente relacionadas ao lifting de mama. É fundamental conhecê-las:
- Alterações de sensibilidade: É comum haver uma redução temporária ou alteração na sensibilidade das mamas e dos mamilos. Na maioria dos casos, a sensibilidade retorna gradualmente ao longo dos meses.
- Problemas de cicatrização: A qualidade da cicatrização depende tanto da técnica do cirurgião quanto da sua genética. Cicatrizes inestéticas (hipertróficas ou queloides) podem ocorrer e existem tratamentos para melhorá-las. Seguir os cuidados pós-operatórios é crucial.
- Assimetria: Nenhuma mulher tem mamas perfeitamente simétricas, e pequenas diferenças podem persistir. Assimetrias significativas são raras e, em alguns casos, podem ser corrigidas com um procedimento de retoque.
- Necrose (perda de tecido): Esta é uma complicação rara, mas grave, onde ocorre a morte de tecido (pele ou aréola) por falta de suprimento sanguíneo. O risco é significativamente maior em pacientes fumantes, sendo essencial a cessação do tabagismo antes e depois da cirurgia.
O seu papel fundamental na minimização dos riscos
A segurança de uma cirurgia é uma responsabilidade compartilhada. O seu comprometimento é vital. Para minimizar os riscos, você deve:
- Ser honesta: Informe ao seu médico todo o seu histórico de saúde, medicamentos e hábitos.
- Parar de fumar: O cigarro é o maior vilão da cicatrização e aumenta exponencialmente o risco de complicações.
- Seguir as orientações: Cumpra à risca todos os cuidados pré e pós-operatórios recomendados pela equipe médica.
A escolha do cirurgião: o fator mais importante
O passo mais decisivo para uma cirurgia segura é a escolha do profissional. Verifique se o seu médico é um membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Isso garante que ele passou por uma formação completa e rigorosa, está atualizado com as melhores práticas e opera em locais seguros.
Embora a lista de possíveis complicações possa parecer assustadora, é importante lembrar que elas são raras quando a cirurgia é bem indicada, bem planejada e bem executada. A transparência sobre os riscos é um pilar da confiança entre médico e paciente.
Para discutir esses pontos em relação ao seu caso específico e entender como podemos planejar sua cirurgia da forma mais segura possível, agende uma consulta.